terça-feira, 20 de maio de 2014

O Universo Surreal de Dalí desembarca no Brasil


O Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no centro do Rio, recebe a partir do dia 29 de maio até setembro a exposição do conceituado pintor espanhol Salvador Dalí.


A mostra fica localizada no primeiro andar do prédio e irá englobar diversas fases criativas do artista como suas primeiras pinturas, seu período cubista, obras que expõe o seu interesse pelos pintores metafísicos e grande destaque principalmente para o seu período surrealista, que o consagrou como um dos principais representantes desse movimento.
O acervo faz parte do Teatro-Museu Dalí de Figueras, que fica localizado na Espanha, cidade natal do pintor. De passagem por aqui, irá promover a maior exposição do artista no Brasil, contendo contém 285 peças, dentre elas esculturas, pinturas, documentos, pertences pessoais, desenhos e quadros originais.

Dentre as obras que poderão ser contempladas nesta visita estão as esculturas, 'Homem sobre o Golfinho', 'Perseo', 'Trajano a Cavalo', 'Mulher nua subindo a escada'. 'Elefante Cósmico', 'Gala Gradiva', ‘Dom Quixote Sentado’; Quanto aos trabalhos gráficos, destaca-se 'Fausto', 'Tricórnio', 'Gargantua’ e ‘Pantagruel', 'Bíblia Sagrada', além das mais famosas pinturas 'A Persistência da Memória', 'A Face da Guerra’, ‘Metamorfose de Narciso' e 'A Tentação de Santo Antônio'.

A exposição irá prover aos espectadores a oportunidade mergulhar no mundo onírico de Dalí, e conhecer a trajetória e o trabalho do excêntrico artista plástico, tanto na pintura, quanto nas esculturas.

Salvador Dalí foi o maior gênio e representante do Surrealismo e ficou muito famoso por suas pinturas provocativas e alucinógenas que as chamava de “sonhos fotográficos pintados à mão”.  Além disso, o espanhol era um grande promotor e exibicionista de si mesmo, com grandes bigodes arrebitados, tornou-se uma figura excentricamente conhecida, encenando happenings* muito antes deste termo existir. Dalí também criticou duramente diversos artistas e movimentos no seu livro ‘Libelo Contra a Arte Moderna’, oque se tornou praticamente uma bíblia de julgamentos à visão excessivamente estética e exata sobre à arte moderna.

A exposição no CCBB ficará aberta ao público num grande período entre os dias 29 de maio a 22 de setembro, uma ótima oportunidade de visitação para os turistas que estarão pela cidade durante o evento da Copa do mundo.
Em outubro a mostra será levada para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.


(forma de expressão das artes visuais onde o intuito é tirar a arte das telas e trazê-la para a vida)*




Por Ana Luisa Vieira

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Documentário Janelas da Alma

Janela da Alma é um documentário dos diretores brasileiros João Jardim e Walter Carvalho, onde nos mostra, através de 19 depoimentos de pessoas com dificuldades visuais, as diversas formas de poder enxergar o mundo.
Percebemos então que a visão não é somente o ato de olhar, mas também inclui a percepção de mundo através dos sentimentos e emoções.

Dos diversos personagens mostrados durante o documentário, muitos já enxergaram algum dia e ainda conseguem lembrar com perfeição de algumas coisas, como praças, o mar etc...

Se puder dizer que exista algo de positivo em não enxergar, com certeza seria o fato do desenvolvimento de outros sentidos como a audição, tato e olfato. Em certo trecho do documentário existe um fotógrafo cego que tira belíssimas fotos. A sensibilidade do artista é incrível e mostra que ele consegue ver muito mais do que os olhos possam alcançar. Em outra parte, um deficiente visual total, relata que mesmo sem poder enxergar e sem ter a lembrança de como é o corpo feminino do ponto de vista visual, ele consegue ter sonhos eróticos e visualizar na sua imaginação tudo aquilo que ele consegue enxergar com o tato.

José Saramago levantou uma questão no documentário, na qual me fez pensar durante um tempo...
Para ele, as pessoas que enxergam também vivem uma cegueira, pois essa vida moderna em que levamos é tão corrida e são tantos os estímulos visuais que recebemos diariamente nos tornando insensíveis não sendo assim capaz de absorver a todos esses estímulos que nos são constantemente bombardeados a todo o tempo. Isto nos torna de certa forma cegos.
Também expõe que cegamos a imaginação e criatividade, pois a TV e o cinema já nos transmitem verdades empacotadas e prontas, o que nos tira o senso de crítico, fazendo-nos assimilar tudo o que eles transmitem.

Assisti há pouco tempo o filme ‘Ensaio Sobre a Cegueira’ onde Saramago é o autor, e todo seu contexto, mostra claramente essa visão em que descreveu no documentário. Assim pude compreender mais facilmente o seu ponto de vista e a forma como eles enxergam com os outros sentidos e não exclusivamente com os olhos.

Elenco:
Hermeto Pascoal, José Saramago, Paulo Cezar Lopes, Antonio Cícero,Wim Wenders, Eugen Bavcar, Marieta Severo, Carmela Gross, Jessica Silveira, João Ubaldo Ribeiro, Walter Lima Júnior, Oliver Sacks, Manoel de Barros, Arnaldo Godoy, Madalena Godoy, Marjut Rimminen, Agnès Varda, Hanna Schygulla, Raimunda da Conceição Filha.



Por: Ana Luisa Vieira




terça-feira, 30 de abril de 2013

Vulcânicos + Milhouse




Os Vulcânicos convidam a Banda Milhouse para um rock destruidor no Tico Taco - Lapa






02/05/13 - Quinta-feira- 23h

Entrada: R$ 3,00
Cerveja Garrafa: R$ 5,00











             Os Vulcanicos    |    Milhouse


Facebook: Evento 






Sinuca Tico Taco
Rua da Lapa, 141 - RJ.


















quarta-feira, 24 de abril de 2013

Banda A-Grave


Mas comecei a te amar” assim diz um trecho da música 'Se Perder' da banda A-Grave. E só de assistir a um ensaio deles deu para notar a paixão que eles sentem em tocar, pois ensaiam varias vezes a mesma música até ficar perfeita.
Os integrantes da banda são Marcus Vinicius (Vini-guitarrista), Carlos Ferreira (Guitarrista), Diogo Barbosa (Dingo-baterista), Raphael Albuquerque (PH-voz e teclado) e o mais novo Baixista da banda Michael Barreto.
Como toda banda independente eles tocam em shows de amigos, Hangares, Eventos de Rock entre outros e posta tudo na internet para fazer a própria divulgação.  Já lançaram o 1º CD “Presságio” na web e estão cheios de novidades que pode conferir na entrevista.


 Como surgiu o nome da banda e quem escolheu?

Raphael (PH)- Foi o 1º produtor/empresário da banda Frederico Borges (Bode), apareceu com dois nomes, Neutral (sabão para louças) e A-Grave (escrito de forma diferente do atual). Então escolhemos a A-Grave só depois aderimos significado para ela como agravar e por ai vai.


Qual foi o momento que descobriram ter talento para a música? 

PH – Com 7anos na casa de um amigo, tocando a abertura do anime Cavaleiros do Zodíaco no teclado dele. Meu pai ficou admirado e ganhei um teclado de brinquedo no natal e depois do teclado fui para o violão, guitarra e bateria.
Marcus Vinicius (VINI) – Com 18anosdepois de ganhei a 1º guitarra comecei a me interessar e comprar livros de partituras para ensaiar. Estudei na escola de musica Villa Lobos no Centro do Rio de Janeiro.
Carlos – Influencia de amigos, formou uma banda com amigos de escola e contou com a ajuda de PH na bateria. Depois foi convidado para entra para a abanda.
Diogo (Dingo) – Começou com teclado, depois passou para as aulas de flauta doce. Assistindo a um vídeo percebeu a sua real paixão na bateria, instrumento que toca até hoje.


Qual foi o show mais marcante para vocês e por quê?

PH – Foi o Show na Rua Cabral, porque não estávamos equipados com os melhores instrumentos, mas tínhamos todo o entrosamento com os fãs e dois dos fãs naquele show são integrantes da banda hoje (guitarrista e baixista). Então este é o melhor show pelo sentimento que representa para nós.


Lembra-se aonde foi o primeiro show? 

Foi no evento Planet Music em dezembro de 2009.


Qual a canção que mais gostam?

PH – O Fim
Vini – Em meio a multidão
Carlos e Dingo – Olhando pro Céu


Como é o processo de gravação de um CD independente?

PH – Basicamente, complicado. Tive que baixar um software para editar a bateria, foi um som de cada coisa de cada vez, os pratos, a tore. E foi bem estranho o baixo ser normal à gravação assim como no estúdio som de linha. A guitarra foi bem estranha, pequei um microfone vagabundo que eu tinha e microfonei com amplificador que foi ligado na guitarra, guitarra ligada na pedaleira e ligada no amplificador, migrofanado para fazer o som. A voz gravou depois com o amplificador.


Qual a música mais pedida nos shows?

PH – Em meio a multidão. Embora a música não tenha a identidade da banda por ser mais lenta, a galera gosta de cantar junco com a gente.


Quem compõe as letras das músicas?

PH- No CD Presságio tem 11faixas, nove feitas por mim (Raphael PH) e duas feitas pelo Gil (amigo da banda).



Como a família reagiu ao saber que escolheram a carreira musical? 

PH – A minha família apoia desde que “música não seja profissão, né?”
Vini – Minha família nunca apoiou, pensam que não é profissão, tem que ter um emprego além da banda.
Carlos – Minha família apoia, pois todos são músicos na minha família tirando a minha mãe. Ela já foi a alguns shows, mais quer um emprego para mim além da banda.
Dingo – minha mãe não gosta, não é a favor e não apoia. Nunca ganho dinheiro com isso, mas é o que eu tenho paixão de fazer.



Acham que tem algum tipo de preconceito para bandas independentes?

PH – De jeito nenhum. As bandas são muito unidas, buscamos sempre estar próximos, não tem rinchas entre nós, pois todos amam a mesma coisa, a música.


Quem é o mais quieto da banda ou o mais palhaço?

PH – O mais quieto com certeza é o Vini, risos. O Carlos o rebelde e o Dingo o mais palhaço sempre tem uma brincadeira.
Dingo- o PH tem espirito de velho, este sempre preocupado com as coisas, o perfeccionista nos ensaios.


Conta Algum vexame que passaram na banda?

PH – Quanto estava cantando “Olhando pro Céu” eu costumo balançar a cabeça e nesse dia estava sem comer, fui balançar e cai em cima da bateria do Dingo, mas como o show não pode parar, risos continuei cantando a música sentado mesmo.


Acham que a internet é o melhor meio de comunicação para bandas independentes? 

PH – Sem duvida, a internet é o meio com divulgação mais eficaz. Você cria uma página no facebook e tem grandes chance de ser visto por alguém, pois hoje é muito difícil encontrar alguém que não esteja conectado de algum jeito.

Qual o novo projeto de vocês?

PH - Lançamos na web o nosso primeiro CD “Presságio” (independente), com uma pegada mais Pop/Romântico. Agora estamos passando por uma reformulação no estilo, por um selo ou algo que lance esse álbum a um alcance maior. Mas paralelamente, já estamos no 2º CD “Embrião do Caos”, que tem não só a temática totalmente diferente, como também a base de suas composições é muito mais voltada ao havy metal. E não podemos esquecer o novo baixista Michael que está entrando pra somar mais musicalidade à banda.


Alguns agradecimentos aos fãs?


PH – Nos da banda A-Grave gostaríamos de agradecer a você que nos acompanha desde o começo. E a galera que curte um som pesado, para bater a cabeça, não perder por esperar. Obrigado.







Por: Nayara Girard






quinta-feira, 18 de abril de 2013

No escurinho do cinema... Luxo!


Ir ao cinema já foi um grande evento, onde aconteciam pouquíssimas estreias em um mês e só a elite tinha condições de assistir aos mesmos. Os filmes eram estrangeiros, mudos. Alguns deles, eram como novelas e tinha vários episódios, que iam ao ar toda semana. Mas com a tecnologia sempre evoluindo, o cinema acabou seguindo seu rumo à modernidade. O que antes era restrito passou a ser cada vez mais popular e enquanto um filme demorava um mês ou mais para ser lançado, nos dias de hoje, mais de três filmes são lançados a cada sexta-feira. Sem falar em qualidade de imagem e som. 
Além das inovações em filmes, a estrutura dos cinemas também mudou e agora, o luxo está de volta, senhoras e senhores. Cada vez mais lugares no mundo tem investido no que vem sendo chamado de Salas de Cinema VIP. E é claro que o Brasil não poderia ficar de fora. Nas nossas terra tupiniquins, São Paulo e Rio de Janeiro são pioneiros neste quesito. Em São Paulo, a cidade brasileira com mais salas de cinema VIP do país, o luxo pode ser encontrado em alguns cinemas como o Cinépolis JK Iguatemi, o Cinemark Bradesco Prime, Kinoplex Vila Olímpia e no Splendor Pátio Paulista. No Rio de Janeiro, todo esse conforto fica por conta do New York City Center e do Village Mall, na Barra da Tijuca.

Nessas salas, cadeiras reclináveis, serviço de garçom, jantares refinados, carta de vinhos e mais uma variedade de ofertas são coisas comuns, tornando cada cliente único. Fugindo de toda a balbúrdia adolescente nos cinemas, as salas VIPs trazem a sofisticação e a classe, mostrando que o cinema também é um evento refinado, de classe A. Mesas retráteis e reguladores de  inclinação incrementam as poltronas super confortáveis, além de uma luz suave para você poder ler seu cardápio sem incomodar os demais. Cardápios exclusivos com chefs criando iguarias sem igual. O serviço dos garçons só pode ser efetuado até o fim dos créditos, pois depois que as luzes apagam, os consumidores podem delicia-se com folhados de queijo de coalho, carne-seca desfiada ao molho bechamel ou petit gâteau de chocolate acompanhado de tintos, brancos, rosés e proseccos e muito mais.
Com preços de R$35 à R$80, os ingressos não ficam encalhados e em fins de semana, as salas VIPs chegam a alcançar 100% de ocupação."Vale a pena pagar um pouco mais caro pra ter qualidade. Eu venho com toda a minha família e a gente se sente em um evento importante. É até diferente ver o filme nessas salas. Nós prestamos mais atenção porque quem está ali, realmente quer ver o filme e está levando o dinheiro que pagou à sério.", diz Giuliana Capobianco, frequentadora do Cinemark Bradesco Prime."Eu achei um absurdo da primeira vez que vi os preços, mas depois que fui levada por minha namorada ao JK Iguatemi, eu me rendi aos encantos e percebi que cada centavo vale à pena. Sempre que podemos nós vamos lá e é sempre incrível." declarou Danielle Goldenberg, frequentadora assumida do Cinépolis JK Iguatemi, que é o primeiro do país a ter uma sala de cinema com experiência 4DX, que além da tecnologia 3D, traz ao público cheiros, ar, água e até movimento das cadeiras nas salas de cinema.
"Eu mereço coisas que me valorizem, que valorizem o meu dinheiro. Eu adoro essas salas, só frequento elas e pra mim, vale mais que a pena." diz Larissa Silva, que vai sempre ao Village Mall na Barra da Tijuca.

Claro que também há os que não concordam com o luxo.
"Eu acho besteira. Não há porque ter tanta finese para ir ao cinema. Eu gosto da bagunça do cinema. Gosto de ir com meus amigos e tornar uma experiência divertida. Ter um sistema tão refinado te deixa inibido, não torna tudo natural. É estranho.", declara Rafael Freitas, que frequenta os cinemas Severiano Ribeiro, no Rio.
Mesmo dividindo opiniões, o cinema VIP só cresce no país e conquista cada vez mais público.
E se posso dizer... Já me conquistou.

Quem é o mestre na sociedade da infoeducomunicação?


      “Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire- Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981, p.79). 

         Em uma sociedade midiática, como a atual, o educador é na re
alidade um coautor de conhecimentos juntamente com seus alunos, reelaborando conceitos através do confronto de informações obtidas por meio de diversos recursos tais como computadores, celulares, ou mesmo pela tv, radio e revistas. Devido às comodidades e o acesso rápido as informações prontas, a internet virou o principal alvo de pesquisa de estudantes de todo o mundo. No entanto, até que ponto essa ferramenta influência positivamente nossos estudantes brasileiros? O educador deve se fazer presente, levando os alunos a questionarem o que parecia estar pronto e acabado.
     
  A mudança principal esta na forma de apreender o conhecimento. Nas gerações anteriores, a família e a escola eram os responsáveis pela educação, porem nos dias atuais, com a invasão das mídias, ocorre uma ruptura e essas passam a ter importante papel na educação de jovens e adultos. Com dinamismo e velocidade, as informações passam a ser dispostas a favor de todos transformando o professor em guia no processo de aprendizagem. “O professor e muito importante na vida dos alunos. Sinto segurança, pois quando não sei pesquisar na internet ele sempre me ajuda”, disse Dafine Vidal Bernardo , aluna do 7 ano na Escola Municipal Orlando Vilas Boas.
     
  Formada em Pedagogia, com Pós em Gestão Escolar pela UERJ-RIO, a Professora e Mae, Suellen Gorender, Coordenadora do “curso de aperfeiçoamento e extensão na educação de jovens e adultos na diversidade” para o NUEC em parceria com a UFF,  acredita numa educação por formação colando para o professor a responsabilidade maior de formar cidadãos. Segundo a pedagoga, este curso cria uma possibilidade de capacitação para professores da rede municipal cujo formato semipresencial acaba sendo o fator principal aliando tecnologia e informação a favor da educação.  Sua opinião sobre o papel da família ressalta as mudanças:  “A família tem um papel fundamental de incentivar o aprendizado, acompanhar todo o processo através de participação no cotidiano escolar, nos deveres dos alunos e principalmente assumindo uma postura de parceria com a escola através de uma interação saudável.”  No que se refere a adapcao do educador aos novos recursos ela continua: “Alunos do ensino fundamental costumam ser mais agitados e qualquer proposta de interação já produz uma resposta imediata. A Sala de informática representa recreação e assim sendo, o educador poderá usufruir a seu favor desse favoritismo através de uso das ferramentas para o aprendizado de conteúdos didáticos”.

         Orientadora escolar da rede municipal de Caxias e de São Gonçalo, com mais de 20 anos de docência escolar, a pedagoga Maria Piedade Sabino, se diz totalmente favorável `as praticas de aperfeiçoamento para todos os sujeitos que atuam no meio escolar com as novas tecnologias. Para ela “ A internet e as ferramentas tecnológicas em geral são na verdade instrumentos de excelência para as novas gerações. Observamos uma mudança significativa no comportamento dos alunos no espaço escolar a partir dos anos 90.  Jovens mudam sua forma de pesquisar e de apreender o conhecimento. Sendo assim, o educador deve utilizar esses recursos para criar mecanismos que estimule a criatividade do aluno.” Maria Piedade conclui: “Apesar dos diversos e atraentes meios, os mestres ainda detém a maior responsabilidade de educar pois a escola é portadora de um processo sistematizador de conhecimento. Porem depende da vontade e da capacidade do educador, de acompanhar o ritmo das novas gerações buscando sempre propor a interatividade de forma construtiva e não alienada.

            Em 7 de fevereiro deste ano, o Campus Party em SP, foi palco de um importante debate sobre projetos de inclusão digital em comunidades carentes pelo mundo. Sugata Mitra, indiano, especialista em tecnologia educacional, expos: “..Estudantes vêem a educação dividindo conteúdos entre interessantes e não interessantes, relevantes e irrelevantes, dividindo-os em compartimentos separados, esse é um dos grandes problemas educacionais que deve ser contornado. Sim, os professores podem ser substituídos por uma máquina. O futuro da educação está na auto-educação. O papel do professor do futuro seria o de apresentar questões que instigam a curiosidade das crianças...”
         
Nos dias de vasta informação, o aprendizado esta em todo lugar seja pela tv, pela internet, pelo radio, ou ate mesmo pelo celular. Rompemos com a tradição e caímos na era da comunicação global pela qual todos somos capazes de confrontar e compartilhar conceitos, porém sem jamais  abrir mão  dos mestres que nos apontam a trilha da canção.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Banda MILHOUSE



Trio Carioca que segue fazendo música desde 2006, conquistando seu espaço com muita competência e seriedade na cena underground, priorizando sempre as composições próprias




Acaba de sair o 1º CD da banda, ''Teocídio''. Contendo 10 faixas inéditas reunindo todas as fases da banda e investindo na mistura experimental dos anos 70 com o rock alternativo dos anos 90.




Acompanho o trabalho da Milhouse desde o nascimento e com propriedade de causa, posso falar sobre a evolução da banda.
O Álbum Teocídio é um absurdo!! Não no sentido ruim da palavra, muito pelo contrário. Desde que ouvi pela primeira vez, não consegui parar de ouvir quase que diariamente. Fiquei muito satisfeita com a produção e com o resultado final do trabalho, deixando claro que o Milhouse não impõe limites em sua sonoridade.
O que me chama mais atenção no álbum é a fuga da linha da bateria, que sai do habitual em que observamos por aí hoje em dia. Riffs destruidores, vocais sem firulas e exageros e toques experimentais na medida certa fugindo dos estereótipos, talvez devido às influências que cada um dos integrantes trouxe para a banda, conseguindo assim fazer uma ótima mistura.
Ouçam o álbum e entenderão do que estou falando!




Nesta entrevista exclusiva, a banda comenta sobre a sonoridade, divulgação do trabalho e muito mais!


● Como surgiu a Milhouse?

Surgimos no colégio, no segundo grau.
Despertamos em meio a todo ócio de se viver no RJ e não saber o que fazer com a sua vida. Por isso montamos a banda.
Só o Alexandre ainda faz parte da formação original, a galera que deu origem a banda acabou tomando outros rumos, mas nossa essência é essa, com o tempo o Thiago e o Diogo entraram com o a mesma primícia e ajudaram a construir o que hoje podemos chamar de MILHOUSE.


● E o nome da banda? Tem alguma relação com o personagem da série Os Simpsons?

Sim, a principio teve relação com o “Van houten”.

Nós fomos talvez a primeira geração que cresceu vendo Os Simpsons, tínhamos em média a mesma idade do que o desenho, e nós, nos identificávamos com a liberdade (criação) e os ideais  aplicados em uma forma artística (o desenho). O desenho era a única manifestação artística que nos acompanhou desde criança que sempre despertou o nosso interesse, mas quase sempre sem conteúdo que de fato nos acrescenta algo. Sabíamos que nossas primícias eram parecidas mas não sabíamos expor isso de uma forma criativa, por isso usamos MILHOUSE.
E também éramos jovens e não sabíamos porque ter um nome, então Milhouse passou a representar pelo menos para nós um propósito, criar uma identidade que conseguisse se separar do personagem dos Simpsons. Isso seria algo a ser superarado. Milhouse para nós significa conhecer a nós mesmos, não somente um nome que nos representa.


● Quando vocês começaram a tocar, a ideia inicial era realmente fazer com que a música se tornasse algo sério e definitivo ou era algo por diversão?

Então, acho que nunca vamos saber, mas na epóca só  lembramos de que tocar era muito bom e nos aliviava e nos completava. A prudência veio com o tempo, e logo depois o entendimento de que teríamos que nos organizar se quiséssemos continuar fazendo música com o passar dos anos.



● Como funciona a formação da banda?

Acho que de forma bem natural. Alexandre toca guitarra e Grita,
Diogo toca baixo e grita e o Thiago espanca a bateria e grita. rs


● A Milhouse passou por algumas mudanças de integrantes ao longo desses anos. É complicado lidar com isso ou tomaram como motivação de continuar?

Achamos natural, não sabemos o que queremos para nossas vidas durante um bom tempo, é normal as pessoas repensarem suas escolhas. Com o tempo isso nos tornou melhores como um todo. Cada um acrescenta o que pode por um determinado tempo. Nossa pequena historia nos prova isso.


● Quem é o letrista da banda? Sobre o que fala suas letras?

Geralmente é o Alexandre.
Acho que começou como um  “o que eu preciso dizer” e se transformou em “porque eu disse isso?” Não vejo melhor forma de nos explicar.
Nossas letras passaram por esse processo e em determinados assuntos não sabemos em que lado nos encontramos ainda, e isso é lindo.


● Conte um pouco sobre o processo de melodia das músicas. Todos participam?

Sim, em todos os aspectos tentamos participar todos os três. Surgem de ideias que alguém traz ou de improvisos. Depois disso rola a harmonização, partes e contextos importantes para o amadurecimento musical e por fim a letra baseada já no que a música fala, mas sem as palavras. Por isso que temos muitas músicas instrumentais, porque tem musicas que já falam e passam o que em palavras não conseguiríamos reproduzir.


● Você acha de grande importância ter um conteúdo na mensagem transmitida por vocês?

Sim, mas é a música quem escolhe isso e não a gente.


● Como uma banda sem apoio, sabemos como é difícil ter tudo feito por conta própria. Desde a produção musical, criação de artes, o layout dos encartes, as páginas da banda, edição das imagens para os vídeos clipes, produção dos shows... Ou seja, uma verdadeira banda independente. Quanto tempo durou para sair o 1º cd e como foi o processo de produção dele?

Achamos que durou o tempo de um álbum normal. Fora a nossa ansiosidade. Começamos a gravar no final de 2010 e o processo todo terminou em dezembro de 2012. Tivemos problemas por conta da nossa inexperiência, nada além do normal. Temos consciência de que tudo foi no tempo certo. E assim tem sido.

Bem a questão de atuar em outras áreas,  tentamos dividir de uma forma que cada um faça o que desgosta menos de fazer, porque afinal de contas nossa veia é na música, e vamos nos cobrando a partir disso. E sempre que achamos alguém que faz um ofício que não é o nosso forte, mostramos nossa proposta e se a pessoa achar legal e quiser participar abrimos as portas. Sozinho não se chega a lugar nenhum.


● Houve alguma dificuldade durante este período?

Poucas, nada muito desestimulante. Quando terminamos a primeira leva de gravações tivemos um problema no Estúdio em que gravamos e todas as musicas foram perdidas. Tivemos que regravar o Cd todo. Mas no fim isso foi positivo porque da segunda vez ficou bem melhor. Mais bem planejado e organizado.


● E como anda a divulgação do álbum Teocídio?

Boa. Estamos tendo um boa crítica das pessoas que estão ouvindo. E isso esta fazendo o álbum se alto divulgar. O boca a boca é a melhor coisa que existe quando o assunto é divulgação.


● E de shows, como estão?

Muito bons e muito vivos. Cada um é sempre uma experiência diferente.  Temos tocado em praticamente todo lugar que somos convidados, com a única condição de não termos que gastar nem 1 centavo em momento nenhum do processo. No RJ é comum os eventos e a galera que os organiza, exigirem uma quantia antes do show, como que para segurar que a banda leve público ao estabelecimento do seu evento. Não concordamos com esses esquemas. Achamos que nós fazemos a arte e distribuímos até de graça, se for o caso. Mas o produtor é quem tem que se preocupa em encher a casa. Nós não ficamos enclausurados em estúdios horas por dia pra virar promoter de festa de tiozinho que está a fim de vender cerveja. Fazemos vista grossa também para eventos em que existe diferença entre o preço do ingresso feminino pro masculino, entendemos que fazer isso é colocar quase sempre a mulher como parte do atrativo do evento e somos completamente contra a isso.


● Hoje em dia qualquer banda consegue gravar, produzir e divulgar um trabalho. Ainda mais com o auxílio de redes sociais e programas de gravação de áudio. Você vê lado bom nisso?

Sim, conseguir qualquer uma consegue. Mas só se mantém quem gosta. O lado bom é que ajuda muita gente que desistiria no meio do caminho. Acaba aumentando o número de arte compartilhada e isso é fantástico.


● Quais bandas são referências no som do Milhouse?

Muitas, muitas mesmo. Acho justo cada um dizer uma para não ser injusto. Rs

Melvins, Fu manchu, Raimundos.


● Quais bandas vocês destacam do cenário independente Carioca?

Porra, Varias.
Cretina, Catilinarias, El Efecto, Maldita, Os Vulcânicos, Canto Cego, Pedras Pilotáveis, Malvina, Sofia Pop, Riverdies, Gambrinos 74 galera punk rock lá do zona oeste, Stereomob também, O projeto do Zozio também é foda, Sorveteiro soviético, agente vai esquecer de algumas bandas com certeza rs, desculpem-nos. O RJ tem muitas bandas boas, só sair de casa pra ver.


● Além da banda, vocês trabalham em outras atividades?

Thiago é professor de Bateria em uma escola especializada, O Diogo esta na faculdade ainda, cursa Produção Cultural e o Alexandre é mixador em um estudio de dublagem.


● Musicalmente falando. No que mudou a Milhouse de 2006 até agora?

Acho que na forma de se passar verdades. Somos muitos sinceros em tudo que fazemos, as formas de expor isso vão mudando. Ritmos são acrescentados, compassos vão mudando naturalmente para acompanhar e assim vai. Até nós nos surpreendemos depois de “terminar uma musica nova”, ficamos sempre atraídos pelas mudanças e espero que as pessoas sempre entendam isso. Adoramos as mudanças. Tivemos uma evolução técnica visível e em maturidade.  O nosso estilo foi ficando ligeiramente complexo e mais experimental conforme o tempo. Hoje somos mais “banda”.


● Vocês têm vontade de fazer parte de algum selo ou produtora? Por quê?

Intencionamos sim, desde que a proposta seja bilateral e que nos garanta muita visibilidade.
Somos muito criteriosos artisticamente falando. Achamos que no momento seria mais útil um agente profissional e um selo de distribuição para os nossos lançamentos.


● Planos para o futuro?
Tocar no mundo todo pra sempre. 


Contatos - MILHOUSE:
       Site | Facebook
bandamilhouse@gmail.com




Por: Ana Luisa Vieira




On the Road


Sal Paradise é um jovem escritor tentando lançar um livro, porém com a morte do pai o mundo acaba para ele, junto com toda sua inspiração e motivação de vida. Até conhecer Dean Moriarty, um jovem sedento por vida e amante da liberdade. Juntos eles pegam a estrada, atravessam o país e, mesmo sem dinheiro, vivem as experiências mais loucas, tudo à base de muito sexo, drogas e... jazz. Em 1951 Jack Kerouac escreveu em sua máquina de escrever o livro que, simplesmente, virou a "bíblia" dos jovens do Movimento Beat, entre o final da década de 50 e início de 60. Jovens passaram a cruzar as estradas de EUA, fazendo os mesmos caminhos que os personagens de On the Road, sendo motivados a buscar as mesmas paisagens fantásticas descritas. O mais surpreendente no livro é saber que não é uma mera história, são situações vividas pelo autor e seus amigos. Dean foi inspirado em Neal Cassady e até a Marylou, uma adolescente de 16 anos casada com Dean, existiu de fato, o que faz a história ficar mais envolvente.



Jack escreveu a primeira versão, que teve inúmeras alterações exigidas pelos editores, entorpecido por benzedrina e café, conseguindo assim terminar a obra em três semanas. Ele usou uma série de folhas de papel manteiga, cortadas e coladas com fita , para não ter que ficar trocando de folhas a todo instante, escrevia ininterruptamente, em prosa espontânea.

Ele costumava dizer que era uma técnica parecida com a do fluxo da consciência, sem preocupações de organizar, necessariamente, as palavras em parágrafos. Quando se está lendo o início do livro é meio confuso, são muitas informações dadas de uma vez só e, para quem está acostumado com a literatura tradicional, dá para se perder no meio das histórias que se enlaçam. Mas depois de se acostumar com a leitura conseguimos enxergar as cenas de uma forma mágica, como se estivéssemos participando delas, pois o autor descreve tudo com exatidão. Os sentimentos dos personagens viram seus, e então, o que era antes difícil de absorver, fica muito claro e nítido. A sensação é de estar entre uma conversa viva e rica com um velho amigo viajante, cheia de detalhes e informações.



Para entender melhor o livro é importante conhecer um pouco da cultura americana e, principalmente, a década de 50, pois o livro se baseia em uma época em que havia muitas restrições e tabus, onde mulheres ainda tinham que ser vistas como excelentes donas de casas, e pessoas tinham costumes diferentes dos atuais. Mas há uma intensidade contida, o que é bem atual entre os jovens, pois, independente da época, sempre haverá pessoas buscando extravassar seus sentimentos adormecidos, procurando nas estradas experiências e sabedoria, em busca até mesmo do seu próprio eu.



" Sempre rastejando atrás de pessoas que me interessam, porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício."



" Qual é sua estrada, homem?... A es­trada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada marítima, qualquer estrada... Há sempre uma es­trada em qualquer lugar, pra qualquer pessoa, em qualquer circunstância." - On the Road


Curiosidades sobre On the Road:

  •  Ano passado foi lançado no cinema o filme com o mesmo nome, que na versão brasileira recebeu o nome "Na estrada". O filme reproduz as principais cenas do livro, como a cena em que Dean, Sal e Marylou viajam nus dentro do carro.
  • Kristen Stewart faz parte do elenco interpretando a loirinha Marylou. A atriz já havia entrado para o elenco do filme antes de ficar conhecida como a Bella de "Crepusculo". Em conversa com o diretor, Kristen declarou ser fã do livro e que faria qualquer coisa para participar do elenco. Na época ela tinha entre 16 e 17 anos, a mesma idade da personagem, entretanto atrasos na produção fizeram com que as filmagens começassem apenas quando a atriz já era bastante conhecida.
  •  A musica "Firework" da cantora americana Katy Perry foi inspirada no primeiro trecho do livro citado acima. On the Road é o livro favorito de seu ex-esposo Russell Brand.
  •  O ator americano Johnny Depp recusou na década de 90 uma proposta para interpretar Sal Paradise nos cinemas.
  • Alice Braga, atriz brasileira, interpreta Terry, namorada de Sal. A atriz disse ter lido On the Road aos 17 anos e por isso ficou emocionada com o convite.


Por: Ana Cláudia Santos

Grupo Raízes da Toca

O prazer de Cantar



Em entrevista exclusiva, o Grupo Raízes da Toca falou sobre seus projetos, trajetória, compromisso com os fãs e a correria do dia a dia nesta carreira.
Nada é fácil, eles precisam se desdobrar para conciliar trabalho com a musica, não da para viver só do grupo por enquanto. Gostam do que fazem e pretendem um dia viver apenas disso. A grande paixão de cada um dos sete integrantes é a música, é passar alegria e ver os fãs cantando junto com eles.  De família humilde, os moradores do Grajaú criaram o grupo em uma brincadeira entre amigos, que acabou dando certo.


Como surgiu o grupo?
Surgiu de uma brincadeira em uma festa de um amigo, fomos tocar para animar a festa. O pessoal se animou tanto que acabamos dando continuidade aos eventos, quando demos por si, já estávamos com a aparelhagem de som, instrumentos novos e projetos para o futuro do grupo. Foi tudo muito rápido.

 Qual o motivo da escolha do nome "Raízes da Toca"?
Foi porque só tocávamos em festinhas, em nossas residências, tudo muito reservado e tocamos muitas musicas de raiz ( samba de raiz) ai juntamos as coisas e formou este nome raízes (Pelo fato de tocarmos sambas antigos e de sermos discretos.

O que sentem quando estão no palco?
No começo de todo show ficamos todos meio tensos, pelo fato de ter muita responsabilidade, não podemos errar a melodia, enfim tudo isso se junta e da um certo nervosismo no inicio, mas quando começamos o show e olhamos o público cantando com a gente, isso vai embora e só fica a alegria de estar animando a galera.

Já tem fãs?
Sim, de inicio eram só os familiares, agora já temos um público que gosta de nosso trabalho.


O que acha que vai mudar na vida de vocês quando forem reconhecidos nacionalmente?
 Deve mudar muita coisa, mas vamos esperar acontecer para podermos pensar nisso. Por enquanto pensamos apenas em fazer a alegria do nosso público com nossas apresentações.


Vocês se classificam como sambistas ou pagodeiros? Incomodam-se com este tipo de rótulo?
  Pagodeiros, pois são ritmos diferenciados, sambista já lembra mais os carnavais, sambas enredos. Incomodo nenhum, somos chamados pelo público de pagodeiros, é gratificante ouvir isso vindo dos nossos fãs.

Na opinião de vocês, o pagode é discriminado?
 Não. Pelo contrário está muito aceito, hoje em dia só se fala em pagode. Se repararmos bem, todas as casas de shows tem um evento relacionado a pagode.

Pretendem gravar DVD, CD? Já tem algo em vista?
Sim. Estamos com algumas musicas em estudos e pretendemos gravar um “Cd demo” Cd de demonstração para podermos divulgar o nosso trabalho.

Vocês possuem algum lugar fixo para se apresentar?
Estávamos com um lugar fixo na Barra da Tijuca, era um bar, tocávamos todos os sábados, porém como a nossa agenda estava ficando muito cheia, tivemos que abrir mão deste espaço, para poder fazer a divulgação em outros lugares.

Já conseguem viver apenas desta profissão?
Não, todos nós trabalhamos e levamos isso apenas como um hobby. Todos nós gostamos de tocar pagode, porem ainda não encaramos isso como uma profissão, quem sabe no futuro possamos fazer isso.


Qual foi o momento mais emocionante da carreira de vocês?
Foi no dia em que fizemos um evento nosso em Vila Isabel, ver a galera cantando com a gente, dançando com seu par, foi emocionante. Foi tão bom que agora a gente faz este evento de quinze em quinze dias nesta mesma casa de show. O povo pediu bis.

Qual foi o show que mais marcou até hoje?
Quando tocamos com o grupo “Ta na mente”, na quadra do salgueiro. Gostamos muito deste grupo e tivemos a oportunidade de estarmos ao lado deles tocando e cantando. Foi um dia inesquecível para todos nós. Logo depois cantamos com o grupo “Sociedade do samba”, “Conexão batuque” entre outros. Tudo isso ficará guardado para sempre.

Que tipo de musica costumam tocar?
 Todos os ritmos, samba, pagode, axé, sertanejo, somos um grupo muito observador, quando um ritmo não está animando o público, tentamos variar para animar a todos, mas isso é geralmente em festas, quando é palco, o público gosta de todos os ritmos.

Quais os nomes dos integrantes e suas respectivas funções?
Vamos Lá: Marlon (Vocalista e Banjo), Jhon-jhon ( Cavaquinho e Coral), Thiaguinho (Pandeiro e Coral), Tiano (Reco Reco e Coral), Tião (Surdo), Tatal (Tantan e Coral), Alde (Percussão geral) e na Supervisão de palco Juninho (Produção do Grupo).

Deixe o seu recado para a galera.
 Deixamos nossos abraços e um grande beijo. Obrigado pela oportunidade de estarmos contando um pouquinho de nossa história e espero que todos nos acompanhem sempre, indo a shows, pela internet, rádio, por todos os canais de comunicação, ta ok?! Muito obrigado mesmo.



                                  www.raizesdatoca.com.br

 Por Stéphanie Parreira                       

Gabriel Gimenez - Músico B-Boy


Música - A quinta arte dentro das 7, é uma forma de expressão cultural e artística da qual não se pode especificar uma idade exata. Forma-se combinando sons e silencio ao longo do tempo¹.  Desde os primeiros registros da humanidade, não existiu nenhuma civilização que não tivesse sua manifestação musical. É dentro dessa ideia que abordo essa entrevista com um amigo, que seguindo as tradições de seus ancestrais (e não só eles), tem sua forma de manifestação musical e dentro de um contexto capitalista, tenta “viver” disto. 
                                                                               
                                                                      Foto: Arquivo pessoal
                                                                                 
Sempre com um toque brincalhão, ele diz que “gordo que é gordo  tem que fazer palhaçada, senão, não é gordo de verdade”. Só que ele vem em versão séria, porém descontraída numa típica conversa de bar, falando da vida e carreira, em breve entrevista ao MultiformAção. Confira a seguir a reportagem com Gabriel “Gordinho” Gimenez que é musico e também B-Boy nas horas vagas.


Gabriel tem 21 anos. Parte da entrevista foi concedida na companhia de amigos, no bar de seu condomínio na lapa, o Cores da Lapa, que fica num bairro bohemio no centro do Rio de Janeiro, para onde se mudou recentemente. Já sozinhos, a segunda parte foi na praça do Russel, local que nomeia o sua banda principal, onde morou por pouco mais de 19 anos e onde começou a tocar e formar amigos e bandas. A entrevista foi bem descontraída, em estilo mesmo de bar e papo de praça. Em ambos os locais tomamos uma “cervejinha” para uma conversa mais relaxada.



Gabriel, você é jovem mas já está no meio artístico a algum tempo, pode me contar resumidamente como entrou nesse área?

Então cara, minha mãe é cantora, meu pai foi um musico muito bom, então eu cresci escutando eles e aprendendo com eles. O hip-hop foi influencia de uns amigos da Tijuca, e acabei levando jeito.


Então você nasceu nesse meio, mas foi sustentado assim ou seus pais tinham outro emprego?

Não, meus pais viviam totalmente da musica. Meu pai tocava em bares e casas e dava aula de violão também. Minha mãe só cantava em bares.


E você, hoje, vive disso?

Infelizmente ainda não. Trabalho em lojinha de shopping.


Então você nunca chegou a fazer dinheiro com a vida artística?

Sim claro, mas é uma vida muito ingrata. Como BBoy eu dei uma parada, pagam muito mal nas apresentações e acabo ficando muito exausto. Divido meu tempo livre em duas bandas, de vez em nunca conseguimos levar um extra, mas na maior parte do tempo é só “preju”. (risadas)


Aonde você se apresentava como  b-boy?

Normalmente em matines, essa
meninada adora, ou então na fundição progresso, em eventos específicos, as vezes numa rodinha de rap que tem todas as terças na praia de botafogo.


E o dinheiro é tão pouco assim?

Sim, na verdade, so recebia quando dançava em matine, uns 30 reais pra 20 a 40 minutos pra apresentação, só que normalmente era de 15 em 15 dias. NA fundição e nas rodinhas não pagavam é mais pra diversão.


E quanto as suas bandas, que estilo de musicas vocês tocam?

                        Felipe e Gabriel, no Cores da Lapa
Tocamos todos os tipos em uma, bem eclético, a galera leva uma ideia e tentamos, se ficar bom, vai pro nosso repertorio, se não ficar (bom), tentamos até ficar ou ate enjoarmos. Já na outra, é mais hardcore, mais pesado, é mais por diversão, bem estilo de bandinha de garagem, a outra que levamos mais a serio.



Com tanto mistura, vocês tem alguma influencia musical?

Claro! Começamos com bandinhas adolescentes como Forfun, Darvin e Strike. Fizemos muito cover dele. Mas Charlie Brown (Jr.), também, Cazuza e Barão (vermelho), Renato (Russo) e Legião (urbana) Capital Inicial. Mas hoje em dia estamos mais voltados pro reggaeton e suol, tipo
o Sublime, Red Hot Chilli Pepers, Jack Johnson entre outros.


E as bandas, como se chamam?

G: Uma se chama Soul Carioca, que significa alma carioca, já a outra é a Banda Russel já que 3 dos 5
membros moram na praça do Russel e os outros dois são anexos.


Como assim anexos?

(Rindo) – Quer dizer que eles são árduos frequentadores da Praça.


E quanto a estudos, você faz faculdade?

Ainda não cara, mas pretendo, é um projeto futuro, quero estudar e passar para escola de musica da UFRJ, pagar faculdade pra mim está sem condição.


E quais são suas perspectivas futuras?

Alem de me formar como musico, quero o sucesso da minha banda, ganhar meu dinheiro, bastante de preferência e montar uma escola de musica pra ajudar quem precisa.


Pra terminar, você tem alguma consideração final ou algum conselho?

Bom, pra quem quer ser artista é muito difícil, é muita luta, muito gasto e muita ingratidão. Muita gente ruim que tem peixada e gente boa comendo o pão que o diabo amassou. Mas não desistir é essencial e torcer pra sorte te trazer algum produtor que consiga te escutar também é sempre viável (risos). E sempre, sempre praticar. A prática leva a perfeição. Saber ouvir a critica dos outros também e sempre que poder escutar a você mesmo tocando e ser o mais crítico possível. Procurar sempre melhor e correr atrás, esse é o caminho!




1 – Dicionário Aurélio do século XXI

O Tradicional conto de fadas “Branca de Neve” continua encantando a garotada


Espetáculo infantil no Teatro Abel, premia à tarde dos fins de semana de Abril do público infantil em Niterói



Apesar de ser bastante conhecida entre as crianças, de estar presente em livros e fazer parte das histórias contadas pelos pais na hora de dormir, o conto ”Branca de Neve” não perde sua capacidade de arrastar públicos para o palco através de remontagens cada vez mais dinâmicas e inseridas de contemporaneidade.

Especula-se que o texto original dos irmãos Grimm, publicado entre os anos de 1812 e 1822, num livro com vários outras fábulas “Contos de Fada para Crianças e Adultos”, foi mantido pela tradição oral desde a Idade Media: “Há muitos anos, num distante reino, vivia um rei com sua filhinha chamada Branca de Neve. Passado algum tempo o rei enviuvou. Mais tarde voltou a se casar com uma mulher belíssima, mas extremamente cruel e, além disso, feiticeira. Desde o primeiro dia, tratou muito mal sua enteada. Quando o rei morreu, a feiticeira vendo que Branca de Neve estava cada vez mais bonita obrigou a menina a fazer todo trabalho de casa. A Rainha tinha um espelho mágico e todos os dias lhe perguntava quem era a mulher mais bela do mundo. Todas às vezes, o espelho respondia que era ela. Um dia, ao fazer a habitual pergunta, o espelho respondeu: -Tu és bela, mas Branca de Neve é muito mais”.


O renomado grupo de Teatro Papel Crepon, trouxe para o palco do Teatro Abel em Niterói, no último Domingo, a mais nova versão do clássico infantil, tendo em seu elenco a participação de alunos da oficina de teatro infantil do grupo. Com um texto mais despojado e com pitadas de comédia, a peça conseguiu manter as crianças atentas e interagidas com o palco.  O Diretor da companhia de teatro, Eduard Roessler, interpretando a Bruxa malvada no momento da transformação, fez uso de metalinguagem para arrancar gargalhadas dos pais que prestigiavam o evento.

No final do espetáculo, o elenco se reuniu para tirar fotos com as crianças que se deliciavam com as fantasias dos personagens e a possibilidade de fazer parte daquele mundo mágico. Vitória Loureiro, avó de Sofia (5 anos) e Augusto ( 3 anos) declara sua paixão por conto de fadas: “ Acho importante propiciar aos meus netos esse contato com o mundo lúdico, eles ficam radiantes e acabam tendo historia para contar para os amiguinhos no colégio, alem de chegarem em casa cansados, prontos para dormir.”
A peça permanecerá em cartaz ate 22 de Abril com classificação livre. O Teatro Abel fica na Rua Mário Alves, 2, em Icaraí- Niterói. O ingresso para o espetáculo custa R$ 40, sendo R$ 30 com filipeta. Para outras informações, o telefone do teatro é o 2711-4657.






Por Sabryna Stelita



Expressão Fotográfica


              A transformação da sociedade documentada através de imagens

Expor com riqueza de detalhes, em determinados momentos não é possível apenas com palavras, às vezes precisa de um complemento, e este virando a forma de expressão principal. É isso que a exposição “Um olhar sobre o Brasil. A fotografia na construção da imagem nação” quer transmitir, uma relação da fotografia com estas micro histórias.


O objetivo do curador Boris Kossoy, e a curadoria adjunta Lilia Moritz Schwarcz, é mostrar de uma forma crítica, documental e artística às mudanças que a sociedade viveu. A exposição mostra um registro fotográfico de 170 anos de história do país. Com mais de 350 imagens de diferentes acervos, sendo elas privadas ou públicas, seguem quatro eixos principais: política, sociedade, cultura/artes e cenários. Estes 4 eixos temáticos querem mesclar as fotografias com textos que o acompanham, indo além de legendas normais e retirando a simplicidade do conteúdo.


Seguindo em frente chegamos as fotos da mostra, imagens belíssimas, e com uma riqueza de conteúdo sem igual, como na foto de Jean Manzon com o título de “O sonho no papel” a imagem de 1957, Juscelino Kubitschek e Lúcio Costa Analisam o plano piloto de Brasília. No ano seguinte com autoria de Marcel Gautherot, retrata o congresso nacional em construção. Em 1964 uma data histórica, no Rio de Janeiro, os militares tomam o poder, foto mostra um tanque invadindo o parque Guinle.

Renan é um estudante de fotografia, estava admirado com a exposição. Perguntado sobre o que achou da mesma, não tinha palavras para transmitir o que sentia, respirou um pouco e disse que é uma forma de expressão tanto do fotografo que as tirou como da sociedade e também a que mais se identifica. Indagado sobre a foto que mais gostou, disse que entre muitas, uma o chocou, foi a de 1964 em Brasília, O presidente Jânio Quadros condecora o ministro cubano Che Guevara, esta chamada de Grã-Cruz da ordem nacional do cruzeiro do sul, a mais importante condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros.



A exposição fica aberta ao público até o dia 21 de abril, no espaço CCBB no centro da cidade, na rua Primeiro de Março número 66, de terça a domingo, das 9 até 21 horas, a classificação é livre, e a entrada é franca.









Por: Thales Abreu