“Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire- Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981, p.79).
Em uma sociedade midiática, como a atual, o educador é na re
alidade um coautor de conhecimentos juntamente com seus alunos, reelaborando conceitos através do confronto de informações obtidas por meio de diversos recursos tais como computadores, celulares, ou mesmo pela tv, radio e revistas. Devido às comodidades e o acesso rápido as informações prontas, a internet virou o principal alvo de pesquisa de estudantes de todo o mundo. No entanto, até que ponto essa ferramenta influência positivamente nossos estudantes brasileiros? O educador deve se fazer presente, levando os alunos a questionarem o que parecia estar pronto e acabado.
A mudança principal esta na forma de apreender o conhecimento. Nas gerações anteriores, a família e a escola eram os responsáveis pela educação, porem nos dias atuais, com a invasão das mídias, ocorre uma ruptura e essas passam a ter importante papel na educação de jovens e adultos. Com dinamismo e velocidade, as informações passam a ser dispostas a favor de todos transformando o professor em guia no processo de aprendizagem. “O professor e muito importante na vida dos alunos. Sinto segurança, pois quando não sei pesquisar na internet ele sempre me ajuda”, disse Dafine Vidal Bernardo , aluna do 7 ano na Escola Municipal Orlando Vilas Boas.
Formada em Pedagogia, com Pós em Gestão Escolar pela UERJ-RIO, a Professora e Mae, Suellen Gorender, Coordenadora do “curso de aperfeiçoamento e extensão na educação de jovens e adultos na diversidade” para o NUEC em parceria com a UFF, acredita numa educação por formação colando para o professor a responsabilidade maior de formar cidadãos. Segundo a pedagoga, este curso cria uma possibilidade de capacitação para professores da rede municipal cujo formato semipresencial acaba sendo o fator principal aliando tecnologia e informação a favor da educação. Sua opinião sobre o papel da família ressalta as mudanças: “A família tem um papel fundamental de incentivar o aprendizado, acompanhar todo o processo através de participação no cotidiano escolar, nos deveres dos alunos e principalmente assumindo uma postura de parceria com a escola através de uma interação saudável.” No que se refere a adapcao do educador aos novos recursos ela continua: “Alunos do ensino fundamental costumam ser mais agitados e qualquer proposta de interação já produz uma resposta imediata. A Sala de informática representa recreação e assim sendo, o educador poderá usufruir a seu favor desse favoritismo através de uso das ferramentas para o aprendizado de conteúdos didáticos”.
Em 7 de fevereiro deste ano, o Campus Party em SP, foi palco de um importante debate sobre projetos de inclusão digital em comunidades carentes pelo mundo. Sugata Mitra, indiano, especialista em tecnologia educacional, expos: “..Estudantes vêem a educação dividindo conteúdos entre interessantes e não interessantes, relevantes e irrelevantes, dividindo-os em compartimentos separados, esse é um dos grandes problemas educacionais que deve ser contornado. Sim, os professores podem ser substituídos por uma máquina. O futuro da educação está na auto-educação. O papel do professor do futuro seria o de apresentar questões que instigam a curiosidade das crianças...”
Nos dias de vasta informação, o aprendizado esta em todo lugar seja pela tv, pela internet, pelo radio, ou ate mesmo pelo celular. Rompemos com a tradição e caímos na era da comunicação global pela qual todos somos capazes de confrontar e compartilhar conceitos, porém sem jamais abrir mão dos mestres que nos apontam a trilha da canção.
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